CONAR DECIDE PELA ALTERAÇÃO DO NOME DA LINHA AROMA&TERAPIA DE O BOTICÁRIO POR INDUZIR O CONSUMIDOR AO ERRO QUANTO AOS BENECÍFIOS AROMATERAPÊUTICOS DOS PRODUTOS

A ABRAROMA – Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia obteve vitória na representação de número Nº 201/21 junto ao CONAR – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, por unanimidade de votos, conforme notificado no link http://www.conar.org.br/ em Notícias, 04 Nov 2021.

A representação da ABRAROMA foi movida contra o uso indevido do nome Aroma&Terapia da linha de produtos da empresa O Boticário, que poderia induzir o consumidor a comprar os produtos da linha achando se tratar de um produto terapêutico quando, na verdade, trata-se apenas de um perfume cujo cheiro pode agradar e trazer sensações boas como relaxamento e calma.

“É muito danoso à credibilidade da aromaterapia, uma prática inscrita na PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares) do SUS (Sistema Único de Saúde), que o termo seja aplicado a produtos que não possuem os benefícios alegados, seja porque contêm moléculas sintéticas, sem atividade farmacológica, seja porque confundem o conceito de terapêutico com o conceito de bem-estar. Ficamos felizes com a decisão unânime do CONAR.”, diz a presidente da ABRAROMA, Mayra Corrêa e Castro.

Com um mercado que vale 18 bilhões de dólares e que crescerá a taxas de 7,5% nos próximos 7 anos (Grand View Research, 2020), a aromaterapia se transformou numa palavra mágica para vender qualquer tipo de produtos aromáticos, ainda que eles não contenham óleos essenciais naturais ou que os misturem a fragrâncias de origem sintética. “Tornou-se um chamariz de venda e isto é ruim, porque o consumidor jamais obterá os benefícios terapêuticos de um produto formulado sem as dosagens eficazes e sem os ingredientes naturais da aromaterapia. O risco é a saúde do consumidor”, reforça Mayra Castro.

A decisão do CONAR pela alteração do nome da linha Aroma&Terapia de O Boticário é a decisão certa, mostrando que um jogo de palavras podem prejudicar o esforço de saúde que a ABRAROMA, a coordenação da PNPIC e diversos profissionais de saúde fazem para trazer credibilidade e seriedade a esta prática terapêutica. Ainda nas palavras da presidente da associação, “banalizar o uso dos óleos essenciais e da aromaterapia não apenas é uma estratégia de marketing ruim, como é um desrespeito aos consumidores e a centenas de milhares de profissionais da saúde especialistas em aromaterapia”.

A Diretoria